quarta-feira, 30 de abril de 2014


Desde 2006, quando publicou o artigo “Strategy & Society: The Link Between Competitive Advantage and Corporate Social Responsibility”, Michael Porter já mostrava a sua preocupação em aliar a busca pela vantagem competitiva nas empresas com o desenvolvimento social do planeta.
Frequentemente, estas duas dimensões – o lucro das empresas e a solução dos problemas sociais – são vistas como polos opostos, dificilmente conciliáveis. Nesta lógica, a medida em que as empresas buscam maximizar seus próprios interesses, não só não contribuem para a redução dos dramas sociais como tendem a acentuá-los.
Entretanto, o argumento que Porter vem refinando nos últimos anos é de que só conseguiremos lidar de verdade com os desafios sociais em escala global se identificarmos as formas de fazermos isto por meio das empresas.
Afinal, o ponto de partida para que qualquer empresa exista é a identificação de um problema a ser resolvido, não é mesmo? Então, por que não desenvolver modelos de negócios inovadores que transformem a solução dos grandes problemas da humanidade em negócios lucrativos?
Essa é a provocação que nos faz Porter no vídeo abaixo… (em espanhol) vale a pena ver!


Fonte: Pedro Zannini (2014).
“É possível implantar um processo de inovação permanente em qualquer empresa
Notícias - Publicado em 30/04/2014
A iniciativa transformou a empresa em um polo de inovação permanente, com resultados positivos em diversos setores. “Criamos as ferramentas necessárias para construir uma estratégia capaz de colocar a inovação como competência central da empresa”, disse Tennant nesta terça-feira (29/4), em São Paulo, durante a 14ª Conferência Anpei.
A executiva afirmou que o processo de incorporação da inovação no cotidiano dos negócios pode ser reproduzido em outras empresas e em outros contextos. “Em vez de inovar por inovar, conseguimos criar um meio de mudar a cultura para termos um processo inovador permanente, envolvendo todos na empresa”, disse Tennant.
Professora das áreas de inovação e mudança organizacional nas universidades de Chicago e Notre Dame, nos Estados Unidos, Tennant é coautora dos livros Strategic Innovation, que narra o caso da Whirlpool, e Mastering Virtual Teams.
Tennant conta que, em 1999, o então CEO da Whirlpool, David Whitman, estava insatisfeito porque os produtos vendidos pela empresa – como máquinas lavadoras de roupa – eram parecidos demais com os dos concorrentes. “A única diferença eram os preços. Ele determinou que era preciso estabelecer diferenciais tecnológicos e, além disso, conhecer o usuário final do produto, para adquirir a capacidade de fidelizá-lo”, disse Tennant.
A executiva, que era especialista em comportamento organizacional, ganhou o cargo de diretora de processos estratégicos, tornando-se o braço direito de Whitman na iniciativa. “Ele não queria apenas que começássemos a gerar produtos inovadores, mas que criássemos condições para que a inovação fosse uma competência-chave da empresa. E queria que todos se envolvessem”, afirmou.
A partir daí, 75 funcionários da empresa – 25 nos Estados Unidos, 25 em São Paulo e 25 em Milão, na Itália – foram escolhidos a dedo para iniciar o processo, aprendendo a utilizar um conjunto de ferramentas comuns. “Escolhemos os melhores, focando na diversidade. Queríamos pessoas que pensassem diferente e formassem uma equipe heterogênea”, explicou Tennant.
Depois de um ano de treinamento, as equipes voltaram para suas sedes, a fim de administrar uma das linhas de inovação geradas, ou de se tornarem mentores de inovações, treinando outras equipes. “Esse processo permitiu que a inovação fosse encaixada na nossa estratégia. Os 75 líderes disseminaram pela empresa um conjunto de processos e ferramentas que desenvolvemos”, afirmou.
Falando a mesma língua e dispondo do mesmo ferramental, todos na empresa passaram a contribuir para que a inovação se tornasse um processo central no negócio. “Parte do processo consistia em discutir as oportunidades descobertas da forma mais ampla possível, divergindo o quanto fosse necessário, para depois fazer experimentos, analisá-los, convergir e tomar uma decisão”, explicou.
Segundo ela, a iniciativa mudou toda a cultura da organização, que hoje tem a inovação no foco de seus negócios. “A empresa foi fundada em 1911 e sempre teve uma diretriz de controlar processos e funcionários, manter homogeneidade das práticas e roteiros fixos de procedimentos. Conseguimos implantar uma filosofia que é exatamente o contrário disso”, declarou Tennant.
Fonte: http://www.anpei.org.br/web/anpei/noticias/-/anpei/view/news?id=2124

Energia limpa é desafio global da inovação

Notícias - Publicado em 30/04/2014   Fonte;  http://www.anpei.org.br/web/anpei/noticias/-/anpei/view/news?id=2119
Convidados de diferentes países dividiram na manhã desta terça-feira, 29/04, o painel Sistemas Nacionais de Inovação: Perspectivas Internacionais, durante a 14ª Conferência Anpei, realizada no ExpoCenter Norte, em São Paulo.
Michel Judkiewickz, secretário geral da Eirma (European Industrial Research Management Association), traçou um resumo do contexto para a inovação na Europa até 2020, entre os quais estão grandes desafios como segurança alimentar, agricultura sustentável, energia segura e limpa, ações relacionadas ao clima, ao meio ambiente, à eficiência no uso dos recursos e no uso de materiais pesados.
“Ainda não podemos nos livrar das energias não renováveis, como carvão e petróleo, mas a ideia é cada vez mais incentivar as renováveis. Hoje elas respondem por apenas 15% das necessidades da Europa, se somarmos eólica, solar e biomassa”, contabiliza, e completa: “É um sonho bom, mas alcançá-lo vai demorar algum tempo. Essas tecnologias ainda não são produtivas o suficiente.”
Uma das metas citadas por todos os presentes é reduzir o consumo de energia. “Devemos endereçar o problema da energia por dois lados: o da produção e o da ponta do consumo. Investir em tecnologias inovadoras que economizem energia é uma necessidade e a maioria dos países da Europa já está fazendo isso, com destaque para a Alemanha”, diz Judkiewickz .
Na Austrália, segundo Leonie Walsh, presidente da AIG (Australian Industrial Research Group), o problema não é propriamente optar por uma tecnologia de geração de energia, mas sim fazer com que a sociedade aceite a escolha.
“Não há um direcionamento do governo central para que os Estados usem esta ou aquela fonte de energia. Os Estados têm autonomia, mas, na grande maioria deles, a população não aceita a energia nuclear. Acham que o risco não vale a pena”, explica.
Na Coreia, que depende basicamente de energia nuclear e importa a maior parte da energia que usa, não é diferente. “Temos 20 usinas nucleares e ainda não podemos prescindir delas, porque respondem por 45% da energia que usamos. Só que o consumo está subindo drasticamente. Então a discussão é essa mesma: como podemos melhorar a eficiência dos aparelhos que utilizamos e reduzir o consumo”, afirmou Ieehwan Kim, vice-presidente executivo da Koita (Korea Industrial Technology Association).  
A questão energética também apareceu como prioridade na apresentação de Yoshiaki Nakamura, presidente JRIA (Japan Research Industries and Industrial Technology Association). “Não podemos esperar até 2030, porque temos de reduzir emissões. A construção de um sistema energético limpo e econômico é um imperativo”, afirma. 

terça-feira, 29 de abril de 2014

Logística: simplificar traz mais resultados


Nem sempre aumentar a complexidade logística é a solução para vender mais – descubra por que.
Outro dia fui requisitado por um empreendedor, que trouxe a seguinte questão: Qual estrutura interna (pessoas e sistemas) eu preciso ter para administrar o crescimento da minha malha logística?
O crescimento de vendas projetado para o futuro o levava a antever a necessidade de um aumento no número de fábricas e centros de distribuição (CDs) para bem servir, economicamente, os seus pontos de venda (PDVs). A consequência desta premissa seria a criação de uma operação muito mais complexa do que a atual.
Achei que valia a pena questionar o pressuposto que o levava a crer que seria necessário aumentar muito a complexidade do negócio para dar sustentação ao crescimento de vendas projetado. Foi o que fizemos.
Para maximizar os resultados, precisamos maximizar a receita e minimizar os custos totais. Os custos logísticos podem ser classificados em:
1. Produtos, armazenagem e transporte;
2. Capital;
3. Coordenação do processo, desde a fabricação até a disponibilização no ponto de venda;
4. Variações entre o previsto e o real, gerados pela complexidade e sua gestão.
Importante que, apesar de serem linhas de custos diferentes, no final do dia o desafio é minimizar a soma deles.
Muitas vezes, na tentativa de minimizar os dois primeiros itens de custo acima, podemos criar operações tão complexas, em que os custos de coordenação do processo (normalmente fixos) e especialmente os custos das variações entre o previsto e o real, podem colocar o negócio em risco. Quem não ouviu falar de empresas que ficaram meses sem poder faturar plenamente por conta da implantação mal sucedida de um sistema, que tinha como objetivo permitir melhor gestão sobre a complexidade gerada por mais fábricas e CDs? A pergunta que fica é: onde estava previsto o custo desta perda de resultados na implantação?
Os americanos usam o acrônimo KISS!, cujas letras significam: Keep It Simple, Stupid! Mais ou menos o seguinte: mantenha as coisas simples, estúpido!
Nenhum de nós é estúpido, mas vale o alerta: não façamos a estupidez de complicar aquilo que pode ser simples. E, quando for absolutamente necessário complicar, vamos fazer as projeções e as contas direitinho, levando em conta que a vida poderá ser muito diferente daquilo que planejamos. E pode custar caro.
A recomendação para o empreendedor?  Que reduzisse para apenas um o número de fábricas e CDs, e que focasse naquilo que produzia os resultados: o ponto de venda. Na teoria, poderia até ficar mais caro. Mas, na prática, como sabemos, a teoria é outra...
 
Paulo Lalli atua como coach executivo. Foi VP de operações e logística na Natura e diretor da unidade de negócios da Havaianas.

Day1 | A energia da inovação [Bento Koike, da Tecsis]


Um belo vídeo, uma bela história: Bento Koike, conta como uma empresa brasileira, a TECSIS, se tornou líder mundial na produção de estrutura para energia eólica:

DAY1 - Endeavor 


Bento Koike, fundador da Tecsis, conta sobre sua trajetória de paixão pela inovação e pelo desafio. Por acreditar na energia eólica como a forma mais limpa e sustentável de gerar energia, Koike se especializou na fabricação de pás customizadas para turbinas eólicas, e hoje, fez da Tecsis uma empresa brasileira que é líder em um produto de alto conteúdo tecnológico e que ajudou a consolidar uma inovação disruptiva no mundo.


"No Brasil temos o melhor vento do mundo, e é um recurso inesgotável. Temos um sentimento de orgulho, porque de alguma forma estamos contribuindo para o problema mais grave do planeta - o aquecimento global"



A energia da Inovação - Bento Koike

Prédio de 1 quilômetro é mau agouro para economia global Adaptação: matéria da EXAME - Economia (24/04/14)


Cientistas americanos fizeram um estudo sugerindo que bem no meio de graves crises econômicas, se constroem templos - símbolos de ostentação!


Ilustração da Kingdom Tower, na Arábia Saudita
Ilustração da Kingdom Tower, na Arábia Saudita: prédio terá 999,7 metros de altura

A matéria recentemente publicada na revista EXAME (seção Economia) mostra a proposta de construção do Kingdom Tower, prédio com quase 1 quilômetro de altura na Arábia Saudita, e lista os seguintes exemplos:

"O período da Grande Depressão nos Estados Unidos foi marcado pela inauguração de três famosos arranha-céus de Nova York: o 40 Wall Street em 1929, o Chrysler Building em 1930 e o Empire State em 1931. 
O choque do petróleo em 1973 foi precedido pelo primeiro World Trade Center em 1972 e sucedido pela Sears Tower, de Chicago, em 1974.
A construção das torres Petronas na Malásia em 1997 coincidiu com a crise econômica asiática e o Burj Khalifa começou a ser construído em 2004 e teve seu exterior finalizado em 2009 - poucos meses após a eclosão da crise financeira".


Burj Khalifa, a 828 metros do chão (Fonte: www.laparola.com.br)

Quero apenas lembrar que no caso de Dubai, o orçamento total do projeto do Burj Khalifa girou em torno de 1,5 bilhão de dólares e que a quantidade de energia elétrica gasta diariamente é equivalente ao gasto de 500 000 lâmpadas de 100 watts; o consumo diário de água é de 1 milhão de litros de água!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Pesquisador do MIT desenvolve palmilha que deixa o tênis inteligente e capaz de guiar o usuário

Produto ainda é um protótipo e funciona via conexão Bluetooth com o smartphone

ESTADÃO PM
Divulgação
Divulgação
Produto foi desenvolvido por pesquisador do MIT Media Lab
Para não se perder e buscar referências, hoje é comum uma consulta em mapas na internet. E para quem anda a pé, o pesquisador do MIT Media Lab Dhairya Dand foi além: criou palmilhas inteligentes que ajudam o usuário a encontrar o caminho sem precisar olhar um mapa. O produto chamado de SuperShoes evita o aborrecimento de parar a caminhada para verificar o trajeto correto. O produto ainda é um protótipo e não está à venda.
De acordo com o site da Fast Company, o produto é uma palmilha flexível de silicone que pode ser utilizada em qualquer calçado. A palmilha é equipada com motores vibradores para ajudar na indicação do trajeto e se conecta com o smartphone via Bluetooth.
É preciso instalar um aplicativo chamado Shoe Central, que vai guiar o usuário e enviar as vibrações para a palmilha com indicações para virar à esquerda ou à direita. O usuário ainda pode informar no aplicativo seus gostos por comida, compras, lugares para o Shoe Central "aprender" suas preferências e indicar passeios

Diferente| Abril de 2014 | 6h 50

Empresa israelense desenvolve lâmpada LED que engana os olhos e parece 3D; confira!

Técnica usada propicia uma ilusão de ótica
O Estúdio Cheha de design, de Tel-Aviv, usa método chamado 'bulbificação' para criar objetos luminosos que parecem ser 3D mas que na verdade são 2D. As lâmpadas com espessura de cinco milímetros ajudam a decorar o ambiente e a economizar espaço.
A técnica usa um diodo emissor de luz quente, que promete ser eficiente em termos energéticos, com durabilidade de até 50 mil horas.
Reprodução
O utensílio feito de vidro acrílico, com base de madeira, pode ter o formato de lâmpada e outros até mesmo bem-humorados, como caveira, balões e espiral.



Reprodução





A empresa divulga o projeto no site de financiamento coletivo Kickstarter. O objetivo era arrecadar 12 mil libras, equivalente a R$ 45,1 mil para transformá-lo em negócio. E o resultado foi mais que positivo. Ainda faltam mais de 40 dias de campanha e até agora mais de 300 internautas apoiaram a iniciativa com pequenas quantias, que, juntas, somam mais de 16 mil libras, algo perto de R$ 60 mil.


ABAIXO: segue link demonstrativo



Fonte: ESTADAO PME - INFO (28/04/14).

A assombrosa piscina que filtra água em Nova York

piscina
Uma piscina de tamanho olímpico e com forma de um gigantesco sinal positivo flutuará sobre o East River da cidade de Nova York, nos Estados Unidos, ajudando a limpar as pouco cristalinas águas deste rio e apresentando um original lugar onde tomar um banho no verão. Se tudo sair segundo o previsto, os nova-iorquinos e seu meio ambiente começarão a desfrutá-la em 2016.
A Additional Pool (+P) ou 'Piscina Adicional', projetada por Dong-Ping Wong, Archie Lee Coates IV e Jeffrey Franklin, pode fazer com que os nova-iorquinos mergulhem pela primeira vez em cem anos em águas limpas dentro do estreito fluvial que conecta o Porto de Nova York com a ilha de Long Island, segundo a revista "TIME", que designou esta futura obra como uma das 25 melhores invenções de 2013 (www.pluspool.org).
O exclusivo sistema de filtragem desta piscina, cujo orçamento está calculado inicialmente em US$ 15 milhões, limpará as águas enquanto flutua sobre elas, e sua característica forma com o sinal positivo possibilita que haja diferentes alas, separadas umas das outras, e destinadas a diferentes atividades.
Pode entrar em funcionamento em 2016
Esta piscina flutuante de filtrará mais de 500 mil galões (quase 2 milhões de litros) de água do rio por dia, contribuindo para a limpeza dos canais da cidade e deixando no interior do recinto de natação água fluvial limpa e despoluída.
Este projeto, que segundo seu trio de projetistas foi iniciado com a ambição de melhorar o uso dos recursos naturais da cidade e proporcionar a seus habitantes uma forma segura para nadar em suas águas, contará com "quatro piscinas em uma", duas delas destinadas a crianças e duas a adultos.
A Additional Pool está sendo financiada em parte mediante a "kickstarter", uma plataforma na internet destinada a obter fundos para projetos criativos através das contribuições econômicas de uma multidão de doadores. Já foram obtidos mais de US$ 300 mil.
Para Franklin, Coates e Wong, esta bem-sucedida arrecadação de fundos e o enorme apoio do público e diversas associações demonstram que estão indo "na direção correta".
Seus criadores aspiram que a "+ POOL" esteja em operação no verão de 2016, depois que terminem de testar seu sistema de filtragem, finalizem o desenvolvimento do projeto e passem pelo longo e árduo processo de obtenção das autorizações municipais e estaduais que são requeridas para abrí-la ao público.
Entre outros avanços efetuados até agora, os impulsores deste projeto analisaram o impacto ecológico da piscina para conseguir aumentar ao máximo seus benefícios para a natureza, testaram diferentes materiais de filtragem e aprenderam muito sobre enterococos, coliformes fecais e outros micróbios presentes nas águas do East River.
Ao longo de 2014, os criadores da Additional Pool preveem iniciar um laboratório flutuante que porá a toda prova as membranas de filtragem em condições reais dentro do rio e ajudará a entender como se comporta o sistema de filtragem durante as quatro estações do ano.
Uma obra amiga do Meio Ambiente
Para seu trabalho, estes três especialistas contam com a colaboração de importantes centros e consultores de pesquisa e desenvolvimento de arquitetura, engenharia e tecnologias como ARUP, PROJETO, o Observatório da Terra Lamont-Doherty da Universidade de Columbia, os arquitetos navais Persak e Wurmfeld e a empresa especializada em filtragem Mackworth.
Franklin, Coates e Wong admitem que já existem outras piscinas flutuantes no mundo, mas "nenhuma delas filtra as águas nas quais flutua". Entre suas favoritas, que levaram em conta para desenhar sua obra, figuram as de Josephine Baker, em Paris (França); a das ilhas Brygge, em Copenhague (Dinamarca); e a Badeschiff, situada junto a um estádio em águas do rio Spree, em Berlim (Alemanha).
Seus projetistas asseguram que a +P permanecerá submissa ao leito do rio mediante um sistema que permitirá subir e descer com as marés e as ondas, e se deslocaria lentamente sobre as águas se for necessário, além de passar por situações mais difíceis, como os furacões que, periodicamente, castigam Nova York, para estar a salvo do impacto de diversos resíduos perigosos que possam se movimentar pelo rio durante uma grande tempestade.
Fonte: Exame INFO (Abril/2014).

Google quer ver todo mundo com painel solar em casa

Empresa faz sua 16º investida no mercado de energias renováveis com parceria estratégica que torna mais barata a instalação de paineis solares


Google não parece satisfeito em tornar mais sustentável apenas o seu próprio consumo de energia, ele também quer ver todo mundo com painel solar em casa. Em sua mais recente investida, a empresa criou um fundo de US$ 250 milhões, em parceria com a fabricante de painéis SunPower, que torna a instalação desses sistemas mais barata para os americanos.
Funciona assim: com o fundo (US$ 100 milhões do Google e US$ 150 milhões da SunPower), o Google compra os sistemas de paineis solares e os aluga aos proprietários de casas a um custo que é menor do que a fatura de eletricidade normal.
Casa com painel solar no teto, nos EUA
Casa solar: Google já investiu mais de US $ 1 trilhão em projetos no setor em todo o mundo.

“Então, neste programa, você não apenas ajuda o ambiente, você também pode economizar dinheiro”, diz a empresa no post em seu blog.
Este é 16º investimento da gigante da internet em energia renovável e o terceiro em programas para instalação de painéis solares residenciais (os outros são com SolarCity e a Clean Power Finance). No geral, o Google já investiu mais de US $ 1 trilhão em projetos no setor em todo o mundo.
Fonte: Exame ABRIL (Novo negócio - Abril/2014).

domingo, 27 de abril de 2014

Indústria do coco cresce, mas alto desperdício gera desafio tecnológico

Com informações da BBC - 18/02/2014

Indústria do coco cresce, mas alto desperdício gera desafio tecnológico
Empresários dizem que reciclagem é cara, mas tem potencial - os subprodutos do coco é que ainda são pouco conhecidos.[Imagem: BBC/Fibraztech/Divulgação]
Em parte pelo calor, em parte pelo apelo saudável, o consumo de água de coco tem crescido no Brasil entre 10% e 20% ao ano, de acordo com Sindcoco (Sindicato Nacional dos Produtores de Coco).
Mas geralmente o destino da casca do coco verde é uma pilha de lixo em alguma praia brasileira.
"É um mercado grande, mas o aumento da demanda tem gerado uma grande quantidade de resíduos sólidos, que é um material problemático", explica Fernando Abreu, pesquisador da Embrapa no Ceará, um dos polos brasileiros de produção de coco. "Basta pensar que cada coco tem entre 2 kg e 2,5 kg, e até 70% de seu peso está na casca."
Segundo Francisco Porto, presidente do Sindcoco, o Brasil produz anualmente 2 bilhões de cocos - 1 bilhão de cocos verdes, para extração da água, e 1 bilhão de cocos secos, matéria-prima do coco ralado e do leite de coco.
Apenas 10% desse total é reciclado. O restante vai para o lixo.
Produtores e empresas afirmam que a reciclagem tende a ser cara e trabalhosa. Esforços para reaproveitar o coco estão parados em algumas cidades.
MDF de coco e nanocelulose
Por outro lado, crescem as iniciativas - e as pesquisas - em busca de usos cada vez mais inovadores e ecologicamente corretos do material.
Na linha de frente das pesquisas está a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que estuda uma forma de transformar os resíduos do coco verde em um material prensado semelhante ao MDF (compensado de madeira). A idéia é que, no futuro, o produto final seja uma alternativa à madeira na produção de móveis.
"Nossa pesquisa já está em fase final, avaliando a resistência do material", explica Fernando Abreu. "O que falta é um investidor, uma empresa que tenha interesse em passar um período aqui dentro (da Embrapa) para a transferência dessa tecnologia."
Seu colega Adriano Mattos cita também estudos para obter, a partir da casca, resinas e nanocristais de celulose, que possam ser usados para aumentar a resistência de materiais plásticos.
Enquanto isso, recicladores de coco tentam difundir o uso de produtos reciclados que já são mais conhecidos.
Um exemplo é o pó do coco triturado, que gera um substrato com alta capacidade de absorção de água. Por isso, é usado como adubo na agricultura - por exemplo, na plantação de cana-de-açúcar, de flores ou mesmo dos próprios cocos.
Os resíduos também podem ser processados para gerar energia por meio da queima. E a fibra da casca é usada em vasos, como substituto de xaxins, para compor estofados de assentos de veículos, para isolantes térmicos e para fazer mantas biológicas usadas na contenção de encostas, evitando deslizamentos.
Fonte: site inovacaotecnologica

sábado, 26 de abril de 2014

Economia digital: cinco dicas para a cultura da inovação

A inovação é e sempre foi considerada uma “chave-mestra”, ou seja, a porta para o sucesso. Nunca essa palavra fez tanto sentido como agora. Em plena economia digital e global, inovar consiste em criar algo que vai além de uma boa ideia. Agora, o cerne da questão trata de criatividade, coragem e resistência. A competição global está intensa e os ciclos de tecnologia, encurtados. Isso tem impacto fundamental sobre os requisitos da gestão da inovação. A velocidade para desenvolver novos modelos de negócio digital está acelerada e é fator predominante para o êxito. Há cinco teses sobre o que fazer para inovar. São elas:
1) A inovação requer uma nova forma de pensar, uma cultura sem medo do fracasso
Para inovar, as pessoas precisam ser tolerantes com o que é pouco convencional, partilhar a ambição de entender o novo e usá-la em proveito próprio. Quando as pessoas conseguem quebrar convenções e dão adeus às formas tradicionais de pensar, promovem oportunidades para alcançar algo genuinamente novo. Nessa etapa, é comum encontrar resistência, por isso é necessário energia e maior determinação para convencer os demais de que a ideia está relacionada a não ver o fracasso como uma derrota, mas sim como experiência. E inovar nunca foi tão fácil, mais rápido ou mais barato do que é hoje. O melhor exemplo são os protótipos digitais. Graças aos softwares modernos, as coisas podem ser julgadas em detalhes simplesmente através de tentativa e erro, sem desperdiçar incontáveis somas de soluções intermediárias recentemente desenvolvidas.

2) Manter o melhor do passado e dar um novo contexto
Embora a inovação signifique renovação, tradição e inovação não são necessariamente excludentes. Em todo caso, trata-se de preservar o melhor do que já foi testado e é confiável para movê-lo a um novo contexto, predominantemente tecnológico. Trata-se de conseguir que ideias ou soluções tradicionais traduzam-se em modelos de negócio digitais preparados para o futuro.

3) A renovação tecnológica leva a outra inovação, mudando o panorama
Muitas vezes as inovações são reconstruções engenhosas de melhorias técnicas já disponíveis no mercado. Como resultado, as inovações técnicas podem definir ondas reais de inovação. Em suma, desempenham papel fundamental em todas as etapas da cadeia de valor digital e podem mudar o jogo para indústrias inteiras. A capacidade dos dispositivos móveis presentes em nossa vida pessoal e profissional é um bom exemplo de como a tecnologia pode mudar toda a cultura de comunicação em um tempo muito curto.

4) A coinovação redefine ideias iniciais e torna-se novos modelos de negócios
O pensamento unidimensional é tão estranho à própria natureza da inovação como a imobilidade inflexível. A inovação é muito mais do que as ideias que fluem sem restrição. O truque é passá-las através de um “funil” até que se tenha um produto utilizável. Envolver clientes ativamente no processo de inovação resulta em soluções que inspiram, ou seja, tecnologias com as quais as pessoas identificam-se imediatamente. É importante que mais pessoas tornem-se defensores de uma ideia, já que a inovação tem o potencial de se expandir e ser comercializada.

5) Funcionários são fontes de inspiração, condutores e multiplicadores de inovação
Na busca por uma nova inspiração, as empresas tendem a esquecer quem tem grandes reservas internas de conhecimentos e ideias: seus próprios funcionários. Quanto mais multidisciplinares forem os recursos humanos, maior o potencial que uma empresa tem para encontrar uma ideia brilhante. Integradas nos processos de maneira correta, essas pessoas podem ser verdadeiras incubadoras de inovação. Paralelo a isso, a expansão do uso das redes sociais tem fundido configurações pessoais e profissionais. Assim, os membros da equipe tornaram-se multiplicadores importantes e confiáveis, portanto, ideais para transmitirem as mensagens apropriadas.

E para você, qual é o ponto de partida para a inovação? Pensar diferente, compartilhar opiniões ou deixar as coisas acontecerem? O ponto de partida é tudo isso.
Crédito: Artigo escrito por Marco Santos, country managing director da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada no setor financeiro.
http://www.nei.com.br/artigos/economia+digital+cinco+dicas+para+a+cultura+da+inovacao.html

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Vidros flexíveis mais fortes que aço serão revelados em quatro anos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/04/2014


Vidros mais fortes que aço e flexíveis serão revelados em quatro anos
Fortes e flexíveis, os vidros metálicos podem ser processados com as mesmas técnicas empregadas para fabricar produtos de plástico.[Imagem: Kumar/Schroers/Yale University]
Vidros metálicos

Vidros mais fortes do que o aço já estão por aí há algum tempo.
São os chamados vidros metálicos, um tipo versátil de vidro que é flexível e que, conforme sua fama diz, é mesmo mais forte do que o aço.
Talvez até mais importante, os vidros metálicos são flexíveis, o que permite usá-los para fabricar produtos usando as mesmas técnicas empregadas para fabricar produtos de plástico.
Eles são ligas compostas tipicamente de três ou mais elementos, tais como magnésio, cobre e ítrio (Mg-Cu-Y).
O grande problema é descobrir a receita certa para fabricar um vidro metálico - estima-se haver 20 milhões de possibilidades para compor essas ligas.
Usando os métodos convencionais de simulação e processamento levaria cerca de 4.000 anos para processar todas as combinações possíveis.
Agora, Shiyan Ding e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram uma nova técnica que permitirá reduzir esse tempo de análise para meros quatro anos.
Moldagem por sopro
O novo método permite analisar cerca de 3.000 ligas por dia e, simultaneamente, determinar certas propriedades, tais como a temperatura de fusão e a maleabilidade do material resultante.
"Em vez de pescar com um único anzol, estamos jogando uma grande rede," disse o professor Jan Schroers, coordenador do grupo. "Isso deve acelerar dramaticamente a descoberta de vidros metálicos e novos usos para eles."
A nova técnica mescla dois processos, a moldagem por sopro paralela e a pulverização combinatorial.
A formação por sopro gera pequenas bolhas das ligas, permitindo aferir sua flexibilidade.
A pulverização é utilizada para simular milhares de ligas ao mesmo tempo - os elementos da liga são misturados em várias proporções controladas, obtendo-se milhares de amostras com dimensões na casa dos milímetros e espessuras na casa dos micrômetros.
Implantes e próteses
Desde 2010, Schroers e sua equipe analisaram cerca de 50.000 possíveis ligas, e identificaram três vidros metálicos específicos, com aplicações práticas. A expectativa é que a nova técnica permita aumentar muito essas descobertas.
Apesar das dificuldades em sua identificação, os vidros metálicos já são utilizados em componentes de relógios, tacos de golfe e outros artigos esportivos.
Uma das áreas mais promissoras do material, ainda dependente da descoberta de ligas específicas, é no campo da tecnologia biomédica, tais como implantes e próteses.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

OCDE alerta para necessidade do Brasil investir mais em inovação

Apesar de ver vantagens competitivas no Brasil, um dos mais respeitados especialistas mundiais em inovação, Andrew Wykoff, diretor de Inovação e Tecnologia da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), alertou nesta quarta-feira, 3 de agosto, que se o país não aumentar rapidamente o percentual de investimento em inovação em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), vai perder terreno na corrida mundial pela comercialização de bens e serviços.
Em debate no 4º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo, Wykoff disse que o Brasil ainda investe pouco em inovação, em torno de 1% do PIB. “ Tem de apostar em inovação em termos internacionais, para competir globalmente”, completou.
Um dos caminhos apontados pelo diretor da OCDE para o Brasil está no investimento em inovação não tecnológica. “As pessoas têm o conceito de que inovação só se faz em tecnologia, mas não é. Existe inovação em processos, na organização do trabalho, em design”, explicou. Citou os casos do tocador portátil de mídia iPod, da Apple, que conquistou o mundo pelo design, e a máquina de café expresso da Nestlé e seus sachês, o Nespresso, como dois dos casos mais significativos de inovação em design e novas formas de vender o mesmo produto.
O vice-presidente de Tecnologia Corporativa da Siemens, Heinrich Stuckenschneider, outro debatedor do 4º Congresso de Inovcação, chamou a atenção para a necessidade de focar corretamente os investimentos em inovação, em pesquisa e desenvolvimento. “Temos de tomar cuidado para não queimarmos dinheiro em projetos que não terão uso”, recomendou. Por isso, disse ele, a Siemens só busca inovar em projetos que promovam a sustentabilidade. “É uma estratégia que o Brasil pode adotar”, resumiu.
O norte-americano Anthony Townsend defendeu a inovação para criar cidades inteligentes. “O Brasil tem uma população urbana das maiores do mundo, mais de 90%. A Índia e a China só terão o índice de urbanização do Brasil daqui a 50 anos. Então as potencialidades aqui são enormes. Vocês, brasileiros, têm de se aproveitar disso”, incentivou.
Richard Miller, diretor para sustentabilidade do Technology Strategy Board, a Agência de Inovação do Reino Unido, concordou com Stuckenschneider sobre a alocação de recursos. “Investimos cerca de 1 bilhão de libras por ano em inovação, que ainda é pouco em comparação com o que o setor privado investe. Então, temos de escolher muito bem onde vamos colocar o dinheiro público”, declarou.
Segundo Miller, o que a agência britânica procura fazer é usar sua influência para incentivar o governo britânico, que gasta cerca de 150 bilhões de libras por ano na compra de insumos e materiais, opte preferencialmente por produtos inovadores. “É uma prática simples, que todos os países podem adotar”, concluiu.

Fonte:http://www.inovacaonaindustria.com.br/portal/noticias/ocde-alerta-para-necessidade-do-brasil-investir-mais-em-inovacao/
ECS Inovação Comercial      HSM Educação

O primeiro de uma série de Boot Camps de Design Thinking no Brasil

Em novembro passado, ao longo de três dias, a Intoactions, em parceria com a HSM, promoveu o primeiro evento do gênero no Brasil. Um boot camp é uma atividade de imersão feita por um grupo de pessoas com o objetivo de resolver um problema real, e, com isso, no nosso caso, utilizar a metodologia do Design Thinking para gerar alternativas viáveis e exeqüíveis para sua solução.
A Intoactions utiliza como uma de suas estratégias de disseminação do Design Thinking, o chamado PBL, Project Based Learning (ABP aprendizagem baseada em problemas), ou seja, uma metodologia que possibilita às pessoas aprenderem um determinado tema de forma prática e dinâmica, em torno de um problema real e concreto. Esta abordagem pedagógica rompe com o tradicional método expositivo, onde os instrutores passam a maior parte do tempo apresentando, de forma unidirecional e cansativa, os conteúdos a serem tratados.
O PBL encontra suas raízes na teoria do conhecimento, do filósofo americano John Dewey, que, há pouco mais de 100 anos, já declarava que “a escola deve ser menos uma preparação para a vida e mais como a própria realidade da vida”. O método PBL possui uma estratégia através da qual os alunos são confrontados com problemas contextualizados e pouco estruturados, como os que acontecem na vida real, e para os quais se empenham em encontrar soluções significativas. Sendo também um método que ocorre de forma colaborativa em grupos, a Aprendizagem Baseada em Problemas permite que os participantes desenvolvam o pensamento crítico e reflexivo e construam, em conjunto, soluções mais criativas e novos caminhos.
Nota-se que, atualmente, os profissionais precisam se capacitar para fazer frente à crescente complexidade do mercado. Porém, estes mesmos profissionais querem algo diferente, que os envolva e os desafie. Diante desta necessidade de mercado a Intoactions está oferecendo este tipo de capacitação, que traz uma inovação para o mercado local.

O problema a ser resolvido no boot camp, realizado nas dependências da HSM, no prédio do WTC em São Paulo, com o apoio da superintendência do Shopping D&D, tinha o seguinte enunciado: Como podemos melhorar a experiência das pessoas que utilizam a praça de alimentação do referido shopping durante o horário de almoço? Começamos as atividades numa segunda feira, com o grupo trabalhando, desde o início, com as ferramentas do Design Thinking, principalmente a prototipagem, que atua diretamente nos modelos mentais dos executivos participantes do evento. A vantagem do boot camp ter sido realizado no próprio prédio do WTC é que os participantes puderam descer do quarto andar do prédio diretamente para a praça de alimentação e observar os usuários, entrevistá-los e vivenciar o problema. O processo de Design Thinking foi aplicado em 4 fases: entendimento do espaço do problema, reenquadramento do real problema, geração de alternativas de soluções, e, finalmente, a tangibilização das melhores ideias, através de protótipos e testes. Vale salientar que uma das características dessa metodologia é investir a maior parte do tempo no entendimento do real problema a ser resolvido. É nessa fase que residem as maiores oportunidades de inovação. No terceiro dia, após diversas iterações do processo, cada um dos três grupos apresentou alternativas de potenciais soluções para o problema proposto inicialmente.
No final do evento foi realizada uma reflexão em grupo para a aplicação imediata das ferramentas de inovação nas respectivas organizações de cada participante. A HSM gravou e documentou diversos testemunhos sobre a dinâmica deste tipo de curso de imersão, que foi muito bem aceita pelos envolvidos. 

Fonte:  ecs (http://ecsinova.com). Acesso em 24/04/2014.


Astronautas Querem Criar Perímetro De Defesa Ao Redor Do Planeta Contra Asteroides


Projeto da fundação B612 quer evitar que impactos causados por asteróides causem grandes impactos

O astronauta Edward T Lu acredita que um asteroide pode colidir com a Terra e erradicar a vida humana. Tanta preocupação fez com que sua fundação sem fins lucrativos terraB612 planejasse criar um “perímetro de defesa” ao redor do planeta. 
A ideia é ficar de olho nas rochas gigantes que estiverem na rota da Terra, o que pode parecer ter saído de um filme de ficção científica, mas já existem pessoas importantes bancando o projeto de Lu.
O primeiro passo para o plano de Lu é completar um telescópio espacial chamado de Sentinel (Sentinela, em tradução livre). Equipado para varrer o espaço procurando por possíveis ameaças, o equipamento tem lançamento agendado para 2018.
Na lista de doadores para a fundação de Edward Lu, estão pessoas como Peter Norvig, do Google, e o CEO da rede social Reddit, Yishan Wong.
O astronauta passou seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Em entrevista para a Wired, Lu afirma que pôde verificar a quantidade grande de crateras que existem na Lua, no tempo em que esteve na ISS.
Na entrevista, o astronauta afirma que os humanos já estão “tomando tempo emprestado”.
— A Terra tem crateras também – você não as vê porque elas estão debaixo dos oceanos. Qualquer pessoa que sabe alguma coisa sobre o espaço entende que isso é algo que precisamos resolver. Nada mais importa se nós formos dizimados
O astronauta faz questão de afirmar que os asteorides são tão poderosos quanto uma bomba atômica.
— Desde 2000, nós já tivemos oito impactos de tamanhos semelhantes a Hiroshima [se referindo ao impacto gerado pela bomba atômica] ou maiores, e o fato de asteroides atingirem a Terra de forma aleatória significa que nós já estamos “fazendo hora extra”. Você não sabe quando o próximo impacto vai acontecer.
A agência espacial norte-americana Nasa já encontrou mais de 10 mil asteroides com ajuda de seus telescópios. Uma média de 50 asteroides encontrados a cada dois anos. Entretanto, o telescópio Sentinel deve identificar 200 mil asteroides apenas em seu primeiro ano no espaço. De acordo com estimativas do astronauta, há milhões de asteroides com a capacidade de destruir uma grande cidade no espaço.
A ideia de Lu é clara: “proteger a Terra, não fazer estudos científicos nos asteroides”. O astronauta ainda afirma que, enquanto a grande maiorias dos asteroides não causaria dano se caísse em lugares não povoados, não é toda a Terra que está despovoada.
O Sentinel deve escanear o espaço com raios infravermelhos várias vezes por dia. Desta forma, será possível capturar as imagens dos asteroides, que não refletem muito a luz, segundo Lu.
Analisando as diversas imagens captadas, o telescópio poderá medir a velocidade dos asteroides e também calcular suas trajetórias.
Fonte: R7 (Abril/2014).