O ESTADO DE S.PAULO Setembro 2014
Campanha pede acesso a boas condições sanitárias
Quem usa os banheiros da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, fica sabendo que o privilégio do acesso a um vaso sanitário protegido por um teto e quatro paredes é negado a 1 bilhão de pessoas, o equivalente a 15% da população mundial.
A informação não está impressa em cartazes, mas sim no papel higiênico, sob o slogan em inglês "End open defecation" (Fim à defecação ao ar livre), com destaque para as duas últimas palavras.
Segundo o panfleto higiênico, a cada 2,5 minutos uma criança morre vítima de diarreia provocada por doenças decorrentes da falta de acesso a banheiros, higiene apropriada e água potável.
O 1 bilhão de pessoas que não tem à disposição vasos sanitários protegidos é obrigado a defecar ao ar livre. O eventual contato com urina e fezes dispersos pela terra pode provocar cólera, hepatite, diarreia e contaminação por vermes.
A ausência de toaletes tem outras consequências, como o aumento da violência sexual contra mulheres e a limitação de sua educação. Segundo a ONU, muitas adolescentes deixam de ir à escola quando começam a menstruar por não terem acesso à privacidade dos banheiros.
O objetivo da campanha é romper o silêncio sobre problema e tentar resolvê-lo até 2025. "Defecar ao ar livre. Impensável para 85% do mundo. A única opção para os demais 15%", diz o site da campanha. / CLÁUDIA TREVISAN
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