Mapa de micro e pequenos geradores solares no Brasil.
Nos últimos seis meses, o número praticamente dobrou (azul claro).
Fonte: ANEEL (2014).
Passaram-se dois anos desde que o governo anunciou a redução da tarifa de energia elétrica, imposta pela Medida Provisória 579. O objetivo foi alcançado a curto prazo, mas acumulou a enorme dívida de R$ 61 bilhões, conforme cálculos do Tribunal de Contas da União.
Vamos fazer o exercício: investindo este dinheiro em usinas solares, qual seria o resultado?
Usando número conservadores, a potência destas usinas poderia chegar a 13,5 GW, praticamente a mesma de Itaipu. Com uma geração de 22 GWh anuais, o alívio na matriz energética seria considerável!
O retorno financeiro, usando o fator de R$ 262 por MWh definido para o próximo leilão solar, seria na faixa de R$ 5,8 bi anuais.
Em termos técnicos, dois anos é muito tempo para usinas solares. Elas são montadas em poucos meses. O que leva mais tempo é a parte burocrática, a interligação com a rede e a capacitação. Nada que não se possa resolver com um plano estratégico. A Alemanha instalou durante vários anos consecutivos 7 GW, mostrando a viabilidade.
Concluimos que, com uma decisão estratégica em 2012, estaríamos hoje com um parque solar em funcionamento, retornando o investimento, reduzindo as contas infladas pelas termelétricas e minimizando ainda o aquecimento global. Sem dúvida uma situação muito mais confortável, quando comparado com a atual! Vamos cobrar que esse caminho solar seja perseguido pelos governos que estão entrando!
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