O estado concentra 67 parques eólicos.
O estado do nordeste brasileiro já é atualmente o maior produtor de energia a partir dos ventos no país. Mas, este potencial é muito maior do que o utilizado atualmente. Em entrevista ao G1, Jean Paul-Prates, presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energias Renováveis (Cerne), explicou que o Rio Grande do Norte é um dos locais com maior potencial no setor em todo o mundo.
O estado concentra 67 parques eólicos, responsáveis pela produção comercial de 1,79 gigawatts de energia. O montante é equivalente a pouco mais de 30% de toda a energia deste tipo produzida no território brasileiro. Os bons ventos do litoral potiguar são os principais motivadores para o investimento local.
Prates explicou que as condições adequadas devem-se a um fenômeno conhecido como bacia dos ventos. De acordo com o especialista, os ventos são formados de forma regular, vindos do Atlântico Sul. Eles batem na costa africana e vêm para a ponta do Brasil, justamente na região em que se encontra o Rio Grande do Norte.
Foto: PAC/Flickr
Uma das empresas que mais investiu na região foi a francesa Voltalia. Segundo a reportagem da Globo, já foram mais R$ 400 milhões empregados em 15 projetos adquiridos em leilões federais. A companhia pretende expandir o investimento para R$ 2 bilhões.
Mesmo com todo esse potencial, a região ainda sofre com a falta de estrutura para a produção da energia renovável. Além da demora na entrega das linhas de transmissão, que levam a energia até a rede, o estado é prejudicado pela falta de estrutura logística.
O porto de Natal, que é usado para escoar os equipamentos que chegam de navio, está localizado em um bairro afastado e isso dificulta o transporte das máquinas até os locais em que são instaladas. “Não é um porto adequado para este tipo de operação. São máquinas grandes, pesadas e que requerem um cuidado especial. A logística é um ponto muito importante. Tanto que os portos maiores atraem muitos fabricantes de equipamento. O porto de Natal não tem condições físicas para receber o tipo de carga que um empreendimento eólico movimenta”, opinou Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica ao G1.
Redação CicloVivo
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