quarta-feira, 18 de março de 2015

Alimentos ultra processados são prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (Ultra processed foods are harmful to health and the environment).

Salgadinhos não possuem nenhum alimento verdadeiro em sua composição.
Alimentos desse tipo não possuem nenhum nutriente relevante em sua composição.
[Food such have no relevant nutrient composition].
Imagem: Divulgação (©iStock/Inaquim).

As escolhas alimentares têm poder para influenciar a saúde das pessoas e também o meio ambiente. Segundo o “Guia alimentar para a população brasileira”, os alimentos ultra processados devem ser evitados para garantir que pessoas e meio ambiente estejam saudáveis.


A publicação foi feita através de uma parceria entre pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e o Ministério da Saúde. A proposta é estimular a qualidade na alimentação através de informação e análises sobre diferentes tipos de alimentos.

Ao contrário dos guias comuns, o modelo brasileiro não trabalha os grupos alimentares tradicionais e as proporções. O material separa os alimentos a partir do seu grau de processamento, ou seja, na base estão os naturais e no topo, como o que devem ser menos consumidos, os industrializados.

Para ter uma dieta saudável é necessário preparar os próprios alimentos. “Você não precisa cozinhas a própria comida, alguém pode prepará-la para você, mas ela não pode basicamente ser feita pela indústria de alimentos”, explica o coordenador técnico do guia, Carlos Augusto Monteiro, em declaração à Agência Fapesp.

O guia foi produzido a partir de três anos de pesquisas com especialistas de diversas áreas. Nutricionistas, antropólogos, epidemiologistas e cientistas de alimentos foram escutados para que não só a questão da comida em si fosse considerada, mas todos os outros impactos gerados a partir dela também, sejam eles na sociedade ou no meio-ambiente. O material foi muito elogiado no exterior, sendo considerado revolucionário por analisar as próprias refeições e não apenas os nutrientes.

Imagem: Divulgação (©iStock/Inaquim).

Os alimentos que integram o primeiro grupo e que são indicados para terem a maior parcela de consumo são os “in natura”, ou seja, que não passaram por alterações ao deixarem a natureza. Frutas e hortaliças estão nesta divisão. Os alimentos minimamente processado, como: carne resfriada, leite pasteurizado, grãos secos e moídos, também.

O segundo grupo envolve as substâncias extraídas de alimentos, como: óleos, gorduras, açúcares e sal. Quando usados em pequenas quantidades para temperar, eles não alteram a composição nutricional dos alimentos.

Imagem: Divulgação (©iStock/Inaquim).


Na terceira leva estão itens processados, fabricados essencialmente com a adição de açúcar ou sal. Alguns exemplos são: legumes em conservas, frutas em caldas, queijos e pães. Neste caso, a recomendação é que haja o consumo limitado e eles jamais devem substituir os alimentos em sua forma natural e as preparações culinárias.


Imagem: Divulgação (©iStock/Inaquim).

O quarto grupo é composto por comidas ultraprocessadas, que passam por amplo processo industrial. Os exemplos são: refrigerantes, biscoitos e salgadinhos, que possuem pouco ou nenhum alimento verdadeiro em sua composição. Além disso, eles são ricos em gordura, sal, açúcar e muitas outras substâncias artificiais. Eles também são pouco nutritivos e não recomendados.

Imagem: Divulgação (©iStock/Inaquim).

Além de não fazerem bem à saúde, os alimentos totalmente industrializados são ruins para o meio ambiente. Eles são responsáveis pela geração de grande quantidade de resíduos e requerem muita água e energia durante o processo de fabricação.

Ao optar por alimentos industrializados, mesmo os pouco processados, ocorre o incentivo à redução das espécies de alimentos. Pois, para a indústria é muito comum haver o uso de grande quantidade de apenas uma variedade. Diferente do que acontece com as opções “in natura” ou minimamente processados, que são consumidos em uma variedade maior e provocam um impacto não homogêneo em termos de recursos naturais.

O guia ainda fala sobre a importância de realizar as refeições em local adequado. Não é ideal comer em frente à televisão ou realizando outras tarefas que desviem a atenção da alimentação. A publicação também sugere que refeições feitas em grupo tendem a ter uma variedade maior de alimentos, contribuindo para pratos mais nutritivos.

Fonte: CicloVivo.

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