quinta-feira, 19 de março de 2015

Qualidade da água é ruim em 23% de 111 rios brasileiros (Water quality is bad in 23% among 111 Brazilian rivers).

Em alguns pontos, a Represa Billings está enquadrada na qualificação ruim.
Em alguns pontos, a represa Billings (São Paulo, SP) está enquadrada na categoria RUIM.
[In some points, the Billings Reservoir (São Paulo, SP) is framed in BAD category].
Fonte: Divulgação.

Nesta quarta-feira (18), a Fundação SOS Mata Atlântica divulgou o resultado de um levantamento sobre a situação da qualidade da água de 111 rios, córregos e lagos de cinco estados brasileiros, mais o Distrito Federal, e revela que 23,3% destes apresentam qualidade ruim ou péssima.

Os dados foram coletados entre março de 2014 e fevereiro de 2015, em 301 pontos de coleta distribuídos em 45 municípios. A análise inclui o monitoramento realizado em 25 rios da cidade de São Paulo e 12 da cidade do Rio de Janeiro.

Dos resultados medidos, 186 pontos (61,8%) apresentaram qualidade da água considerada regular, 65 (21,6%) foram classificados como ruins e cinco (1,7%) apresentaram situação péssima. Apenas 45 (15%) dos rios e mananciais mostraram boa qualidade - aqueles localizados em áreas protegidas e que contam com matas ciliares preservadas. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.

No Estado de São Paulo, dos 117 pontos monitorados, 5 (4,3%) registraram qualidade de água boa; 61 (52,1%) foram avaliados com qualidade regular, enquanto que 46 (39,3%) estão em situação ruim e cinco (4,3%) péssima. Já entre os 175 pontos analisados nos municípios do Rio de Janeiro, 39 apresentaram água boa (22,3%), a maioria (120 pontos) está em situação regular (68,6%), e 16 tiveram índice ruim (9,1%). 

Na cidade do Rio de Janeiro, os indicadores revelam uma piora na qualidade da água. Dos 15 pontos em que a coleta foi realizada na área urbana, somente cinco (33,3%) apresentaram qualidade regular e os outros 10 pontos (66,7%) registraram qualidade ruim. Em 2014, nove pontos tinham qualidade regular (60%) e seis ruim (40%). Nenhum dos pontos analisados apresentou qualidade boa ou ótima.

“Esses indicadores revelam a precária condição ambiental dos rios urbanos monitorados e, somados aos impactos da seca, reforçam a necessidade urgente de investimentos em saneamento básico. A falta da água na região sudeste é agravada pela indisponibilidade decorrente da poluição e não apenas da falta de chuvas. Rios enquadrados nos índices ruim e péssimo não podem ser utilizados para abastecimento humano e produção de alimentos, diminuindo bastante a oferta de água”, alerta Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica.

Outros quatro estados tiveram rios e córregos analisados neste levantamento. Em Minas Gerais, o rio Jequitinhonha, na altura do município de Almenara, apresentou situação regular. Já o rio Mutum, na cidade de Mutum, e o córrego São José, em Bicas, estão em situação ruim. No Rio Grande do Sul, foram analisados a Lagoa do Peixe (qualidade boa), Rio Tramandaí (regular) e Lago Guaíba, na altura da Barra do Ribeiro (ruim). Em Brasília, a análise de dois pontos do Córrego do Urubu apresentou qualidade regular. Já em Santa Catarina, o Rio Mãe Luiza, na cidade de Forquilhinha, está em situação regular.

Fonte: CicloVivo.

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