sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Metade das estrelas pode estar fora das galáxias (La mitad de las estrellas puede estar fuera de las galaxias/Half of all stars may be out of galaxies)

Estrelas fora das galáxias
Este gráfico ilustra como a equipe mediu um brilho difuso de infravermelho preenchendo de luz os espaços entre as galáxias. Em primeiro lugar, imagens do céu foram coletadas em vários voos de foguetes - uma pequena parte da imagem é mostrada à esquerda. O próximo passo foi remover todas as estrelas e galáxias conhecidas. Os dados restantes revelam padrões de grande escala de luz com aglomerados que são maiores do que as próprias galáxias (centro). Suavizando os dados, é possível ver os padrões de grande escala (à direita).
[Este gráfico ilustra cómo el equipo mide un resplandor difuso de la luz infrarroja de llenar los espacios entre las galaxias. En primer lugar, imágenes del cielo se recogieron en varios tramos de cohetes - una pequeña parte de la imagen se muestra a la izquierda. El siguiente paso fue eliminar todas las estrellas y las galaxias conocidas. Los restantes datos muestran patrones de luz a gran escala con aglomerados que son más grandes que las galaxias reales (centro). Suavizando los datos, se puede ver los patrones a gran escala (derecha)].
[This graph illustrates how the team measured a diffuse glow of infrared light filling the spaces between galaxies. Initially, sky images were collected in several flights of rockets - a small part of the image is shown at left. The next step was to remove all the stars and galaxies known. The remaining data show patterns of large-scale light with agglomerates which are larger than the actual galaxies (center). Smoothing the data, you can see the large-scale patterns (right).]
Image: NASA/JPL-Caltech.

Luz de Fundo Extragaláctica

Astrônomos acreditam ter encontrado indícios de que metade das estrelas do Universo não faz parte de galáxias, vagando isoladas pelo enorme espaço intergaláctico.

Há muito se debate a origem da "Luz de Fundo Extragaláctica" (LFE) - as galáxias conhecidas não emitem luz suficiente para explicar todo o brilho que é captado quando observamos o céu - essa radiação fica na faixa infravermelha do espectro.

Há cerca de 10 anos, uma equipe usou dados do telescópio espacial Spitzer para concluir que esse brilho de fundo tinha sido emitido pelas galáxias primordiais, há muito tempo destruídas ou fundidas para formar a atual população de galáxias conhecidas.

Estrelas sem galáxias

Agora, usando telescópios especiais a bordo de dois foguetes de sondagem da NASA, Michael Zemcov e seus colegas verificaram que a luz de fundo extragaláctica é azul demais para poder ser atribuída às galáxias muito antigas - nesse caso, o desvio para o vermelho deveria ser muito maior.

Segundo eles, a melhor explicação para os novos dados é que esse brilho se origina de estrelas que foram arrancadas de suas galáxias originais por colisões e fusões, e agora flutuam soltas pelo espaço intergaláctico.

Essas estrelas não são diretamente observáveis porque estrelas são muito pequenas em comparação com as galáxias que povoam o céu. Apesar disso, "a luz total produzida por essas estrelas desgarradas é mais ou menos igual à luz de fundo que obtemos contando as galáxias individualmente," disse o professor Jamie Bock, membro da equipe.

Em outras palavras, se você calcular a luz produzida individualmente por todas as galáxias conhecidas, a soma será menor do que a luz de fundo extragaláctica. Com base nessa intensidade do brilho captado, a equipe conclui que há tantas estrelas desgarradas quanto estrelas reunidas em galáxias.

A ideia não é totalmente estranha, uma vez que já se conhecem vários planetas sem estrelas, vagando soltos pelas galáxias, assim como estrelas hipervelozes ejetadas da Via Láctea. E isto sem levar em conta o processo de fusões e choques entre galáxias, que podem deixar muitas estrelas órfãs.

Estrelas fora das galáxias
As estrelas desgarradas são pequenas demais para serem vistas individualmente, para se manifestam na forma de um suave brilho, que é muito maior do que o emitido pelas próprias galáxias. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]

Fonte: Inovação Tecnológica.

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