terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Estudante brasileira produz blocos com areia usada e reduz impacto ambiental (Brazilian student produces blocks with sand used and reduces environmental impact)

Testes do bloco são feitos no laboratório da Univap, onde estuda Carolina (Foto: Divulgação)

Pensando no meio ambiente e na redução dos custos na construção civil, a estudante de Engenharia Ambiental, Carolina Nucci Stetner, 28 anos, criou um projeto inovador, em que se reutiliza a areia de fundição - proveniente de fábricas ou oficinas onde há fundição de metais - na fabricação de blocos de construção.

Segundo ela, a adoção da prática na produção dos blocos garante uma redução de 33% no impacto ambiental das obras, e de 20% no preço de cada unidade. “Com o projeto, diminuímos a retirada de areia do meio ambiente e, também, o valor do bloco, peça fundamental para a construção de habitações”, afirma.

O bloco criado pela estudante está agora na fase final dos testes, que são realizados no laboratório da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), em São José dos Campos, interior de São Paulo. “Meu sócio, Paulo Dyer, e eu produzimos o bloco em uma fábrica da cidade, que faz tudo isso sem nenhum custo para a gente. Depois, levamos os blocos para a universidade, onde eles são colocados em um maquinário específico. Essa máquina vai destruí-los e medir a qualidade”, afirma. Segundo ela, a qualidade do bloco feito com a areia de fundição é a mesma do bloco convencional, produzido com areia nova.

Na fábrica, Carolina e Dyer recebem a areia de fundição já tratada e inerte, ou seja, sem a presença de elementos que podem agredir o meio ambiente, e pronta para ser enquadrada no processo comum de produção dos blocos.

Embora o produto já esteja pronto, a estudante não vai vender os blocos até que os últimos testes sejam concluídos. Além disso, Carolina está à procura de um investidor para expandir o negócio e patentear a ideia. “Nossa ideia não é só montar uma fábrica, mas abrir uma empresa de consultoria que ensine o processo de produção”, diz.

Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios.

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