Existem várias teorias tentando explicar a origem da Lua, mas nenhuma delas convence a todos os pesquisadores.
[There are several theories trying to explain the origin of the Moon, but none of them convincing to all researchers.].
Imagem: Cosmic Collisions Space Show/Rose Center for Earth and Space/AMNH.
Afastamento da Lua
Você certamente não percebe, mas a Lua está se afastando de nós.
Nosso satélite está atualmente 18 vezes mais longe do que quando se formou, há 4,5 bilhões de anos, afastando-se da Terra a uma velocidade de 3,78 centímetros por ano.
Segundo a astrônoma Britt Scharringhausen, a razão para o aumento da distância é que a Lua levanta marés na Terra. Como o lado da Terra voltado para a Lua fica mais perto, ele sente um puxão gravitacional mais forte do que o centro da Terra. Do mesmo modo, a face oposta da Terra - que não está virada para a Lua - sente menos a gravidade da Lua do que o centro da Terra.
Interações entre Terra e Lua
A interação entre a Lua e a Terra afeta nosso planeta de várias formas.
Para começar, à medida que a Terra gira mais devagar, os dias ficam mais longos - dois milésimos de segundo a cada século. Isso tende a deixar os invernos mais frios e os verões mais quentes.
E se a força gravitacional da Lua torna-se mais fraca, as marés na Terra não serão tão acentuadas. No entanto, mesmo sem a Lua, existiriam marés - ainda que muito mais suaves - pelo efeito gravitacional do Sol.
No entanto, nenhuma dessas consequências é causa para preocupações: as mudanças são sutis demais para que possamos testemunhá-las. Em algum momento, a Terra e a Lua vão chegar a um equilíbrio e a Lua deixará de se afastar.
Mas, eventualmente antes que isso aconteça, o Sol vai se expandir até virar uma gigante vermelha e engolir a Terra e seu satélite - daqui a cerca de 5 bilhões de anos, mais ou menos.
A propósito, a Terra também está se afastando do Sol.
Como é medida a distância da Lua
Espelho refletor deixado na Lua pela Apollo 14 para medição da distância entre a Terra e seu satélite. [Left reflecting mirror on the moon by Apollo 14 for measuring the distance between the Earth and its natural satellite].
Imagem: NASA.
A possibilidade do monitoramento preciso do afastamento da Lua deve-se sobretudo às missões da NASA e da União Soviética, nas décads de 1960 e 1970.
Em três das missões Apollo os astronautas deixaram na Lua unidades retrorrefletoras cheias de pequenos espelhos. O robô lunar soviético Lunokhod-1 também fez o mesmo.
Desde então, os astrônomos têm disparado raios laser em direção a essas unidades refletoras, para manter um registro exato de o quanto a Lua está se afastando.
"Enviamos cerca de 100 quatrilhões de fótons com cada pulso de laser. Se tivermos sorte, para cada pulso que enviamos, volta (à Terra) um fóton", explica Russet McMilllan, do observatório astronômico Apache Point Observatory, no Novo México (EUA).
Apesar de à primeira vista um fóton parecer pouco, ele é suficiente para medir a distância entre a Lua e da Terra até o seu último milímetro.
Segundo a última medição feita por McMillan, a distância exata da Terra à Lua era de 393.499.257.798 milímetros, mas isso varia largamente ao longo da órbita da Lua, cuja diferença entre perigeu e apogeu é de cerca de 42.500 km - a medição "oficial" é geralmente feita nesses dois pontos.
Fonte: Inovação Tecnológica.
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