quarta-feira, 2 de julho de 2014

Brasil abre primeiro centro de caracterização de minerais (First center to mineral characterization is open in Brazil)

Brasil abre primeiro centro de caracterização de minerais
Recentemente o Observatório Nacional nacionalizou outra tecnologia para detectar minerais, baseada em magnetômetros (Brazil' National Observatory recently adapted other technology to detect mineral-based on magnetometer). [Imagem: Observatório Nacional]

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, criou o primeiro laboratório do país aparelhado para caracterizar minerais.
O Centro de Caracterização de Espécies Minerais (CCEM) é fruto de uma parceria entre a USP, a Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade do Arizona (EUA), considerada um dos mais importantes centros de caracterização de espécies minerais do mundo.
Foi lá que foi desenvolvido o sistema de difração do Curiosity, robô da NASA que atualmente explora Marte, coletando amostras de solo e rochas que são então analisadas por meio de difração de raios X para descobrir quais os tipos de minerais existem naquele planeta, bem como analisar a possibilidade da presença de água.
Mas, para saber tudo isso, é preciso ser capaz de pegar a rocha e verificar quais são os minerais em seu interior.
Riqueza desconhecida
De volta à Terra, atualmente são conhecidas aproximadamente 5 mil espécies minerais, conforme registros da Associação Mineralógica Internacional (IMA). Mas apenas 60 minerais "novos" foram caracterizados no Brasil.
Para o professor Marcelo de Andrade, esse é um dado preocupante, uma vez que o país possui grande investimento na área de mineração - desses 60 minerais brasileiros, o grupo da IFSC é responsável pela identificação e caracterização de sete deles.
Além da difração de raios X, o grande trunfo do laboratório será o equipamento de Espectroscopia Raman, que permite observar cada composto químico presente em uma rocha em cores diferentes - fazendo uma medida ponto-a-ponto do espectro é possível observar cada porcentagem dos compostos, que ficam representados por cores diferentes.
Segundo o professor Javier Ellena, o responsável pela colaboração entre os grupos brasileiros e norte-americano, além de analisar amostras de minerais, o laboratório poderá ser utilizado em outras áreas, como a farmacêutica e a biológica, para caracterizar cristais de compostos químicos candidatos a medicamentos.
Fonte: Inovação Tecnológica.

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