terça-feira, 22 de julho de 2014

Vai ter água para todo mundo? (H2O Crisis: there will be water for everyone?)


Em 2014, o Estado de São Paulo entrou na maior crise hídrica de sua história. Com sucessivos recordes negativos desde que foram iniciadas suas medições, o Sistema Cantareira, responsável por 45% do abastecimento de água da maior região metropolitana da federação, atingiu suas maiores baixas justamente no verão, época em que mais deveria chover. 
[In 2014, São Paulo State, Brazil, faced the greatest water crisis on its history. Negatives successive records since their measurements were started, were recorded on the Cantareira System, responsible to 45% water supply to the metropolitan region, reached its greatest lower indexes, just in the summer time, when will should rain a lot].


O paradoxo climático serviu de justificativa para as autoridades, que lamentaram a falta de chuvas e buscaram soluções apressadas para evitar o tão impopular racionamento. O imediatismo, no entanto, foi sentido pela população. Alguns bairros da cidade já sofrem com frequentes cortes d’água e, apesar do resgate do chamado volume morto, que elevou o nível do Cantareira em 18,5 pontos percentuais em maio, especialistas consideram questão de tempo até que se consuma a última gota do sistema. Ao contrário do tempo seco – atípico para esta época do ano – a crise de abastecimento de água já estava há anos anunciada.

Quando projetado na década de 1960, o Sistema Cantareira previu o abastecimento de água à Grande São Paulo até os anos 2000. Na outorga de 2004, documento assinado pela Sabesp (Companhia de Saneamento do Estado) e pelo Consórcio PCJ (Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), foi acordado que a companhia procuraria formas de reduzir sua dependência do sistema. Em outras palavras, o tempo seco apenas antecipou um problema que, cedo ou tarde, chegaria às torneiras e chuveiros dos paulistas.

Feito o retrospecto histórico, é necessário entender o complexo ciclo da água em uma região violentamente urbanizada. Não o ciclo natural, que todos aprendem nas escolas, mas o ciclo social, que envolve desigualdade, poluição, consumo, desperdício, grandes obras e desapropriações. O projeto 2000 e água, nome que faz referência ao colapso hídrico prenunciado para o novo milênio, propõe-se a contar a inquietante história de pessoas que vivem ou viveram a água em diferentes fases deste processo.


Acesse aqui a reportagem hipermídia “2000 e água”, sobre a crise hídrica de 2014 em São Paulo!
Fonte: Agência Envolverde.

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