quarta-feira, 11 de junho de 2014

Acelera: empreendedores devem buscar investidores que agreguem valor para o crescimento da startup, alerta especialista



Trabalhar para criar um bom projeto, não focar só no dinheiro do investimento e produzir um protocolo de intenções robusto foram três das orientações dadas pelo coordenador do Comitê de Empreendedorismo, Inovação, Capital Semente e Venture Capital da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), Rodrigo Menezes. Ele foi o palestrante do primeiro painel do Acelera Startup nesta quarta-feira (07/05), evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Buscando apresentar as melhores práticas para os empreendedores, Menezes começou falando sobre a necessidade de oferecer bons projetos aos investidores. “No Brasil, temos bons empreendedores, mas faltam bons projetos. Há um grande número de oportunidades, os fundos estão todos captados graças ao boom econômico brasileiro. Se você tem um bom projeto, o fundo e o investidor-anjo têm dinheiro.”

Sobre a relação empreendedor-investidor, o palestrante destacou que o empreendedor precisa estar preparado para “desapegar” do negócio. “O investidor entra em um projeto pensando em sair no primeiro minuto que entrou. Essa é a lógica. Se você não está disposto a um dia vender a sua empresa, não procure um investidor.”

Buscar um investidor com empatia ao projeto é outra boa prática indicada por Menezes. “Dinheiro não pode ser um fator decisório na escolha de um investidor. Procurem um fundo que já tenha investido no seu setor ou que um dos fundadores tenha passado pelo seu setor, com quem você crie uma relação de empatia, já que vão conviver pelos próximos quatro a oito anos e ele vai ter um monte de direitos sobre a sua empresa.”

O especialista encerrou falando da importância do term sheet, ou protocolo de intenções, que empreendedor e investidor definem no início do projeto. “Quanto mais robusto for o term sheet, melhor. É importante que se gaste tempo na negociação desse protocolo”, afirmou. “Se eu fizer um term sheet fraco e depois for gastar tempo e dinheiro com acordo de acionistas, acordo de investimentos e outros itens, vou desperdiçar o que poderia ser usado no projeto.”


(Fonte: Fiesp - 07/05/2014)

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