quarta-feira, 30 de abril de 2014

Energia limpa é desafio global da inovação

Notícias - Publicado em 30/04/2014   Fonte;  http://www.anpei.org.br/web/anpei/noticias/-/anpei/view/news?id=2119
Convidados de diferentes países dividiram na manhã desta terça-feira, 29/04, o painel Sistemas Nacionais de Inovação: Perspectivas Internacionais, durante a 14ª Conferência Anpei, realizada no ExpoCenter Norte, em São Paulo.
Michel Judkiewickz, secretário geral da Eirma (European Industrial Research Management Association), traçou um resumo do contexto para a inovação na Europa até 2020, entre os quais estão grandes desafios como segurança alimentar, agricultura sustentável, energia segura e limpa, ações relacionadas ao clima, ao meio ambiente, à eficiência no uso dos recursos e no uso de materiais pesados.
“Ainda não podemos nos livrar das energias não renováveis, como carvão e petróleo, mas a ideia é cada vez mais incentivar as renováveis. Hoje elas respondem por apenas 15% das necessidades da Europa, se somarmos eólica, solar e biomassa”, contabiliza, e completa: “É um sonho bom, mas alcançá-lo vai demorar algum tempo. Essas tecnologias ainda não são produtivas o suficiente.”
Uma das metas citadas por todos os presentes é reduzir o consumo de energia. “Devemos endereçar o problema da energia por dois lados: o da produção e o da ponta do consumo. Investir em tecnologias inovadoras que economizem energia é uma necessidade e a maioria dos países da Europa já está fazendo isso, com destaque para a Alemanha”, diz Judkiewickz .
Na Austrália, segundo Leonie Walsh, presidente da AIG (Australian Industrial Research Group), o problema não é propriamente optar por uma tecnologia de geração de energia, mas sim fazer com que a sociedade aceite a escolha.
“Não há um direcionamento do governo central para que os Estados usem esta ou aquela fonte de energia. Os Estados têm autonomia, mas, na grande maioria deles, a população não aceita a energia nuclear. Acham que o risco não vale a pena”, explica.
Na Coreia, que depende basicamente de energia nuclear e importa a maior parte da energia que usa, não é diferente. “Temos 20 usinas nucleares e ainda não podemos prescindir delas, porque respondem por 45% da energia que usamos. Só que o consumo está subindo drasticamente. Então a discussão é essa mesma: como podemos melhorar a eficiência dos aparelhos que utilizamos e reduzir o consumo”, afirmou Ieehwan Kim, vice-presidente executivo da Koita (Korea Industrial Technology Association).  
A questão energética também apareceu como prioridade na apresentação de Yoshiaki Nakamura, presidente JRIA (Japan Research Industries and Industrial Technology Association). “Não podemos esperar até 2030, porque temos de reduzir emissões. A construção de um sistema energético limpo e econômico é um imperativo”, afirma. 

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