segunda-feira, 5 de maio de 2014

Jovens empreendedores de app 'Ônibus Ao Vivo' planejam nova versão e expansão

onibus

A idéia para lançar um aplicativo de mobilidade urbana que ajudasse o usuário do transporte público de São Paulo surgiu por uma necessidade: em um trem lotado da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o então estudante Breno Soares Assis não conseguia descobrir o motivo da lentidão do transporte através de seu celular. E foi lá que ele teve a ideia de criar sua própria ferramenta para facilitar a busca.

"O trem estava parado e eu queria saber a situação como usuário de transporte público", explicou Assis em entrevista ao Canaltech. "O site não tinha nada mobile, nenhum suporte para esse tipo de acesso, e eu pensei em desenvolver um aplicativo que fazia isso".


O resultado foi o aplicativo CPTM Stats, desenvolvido por Assis em dois dias para a plataforma Windows Phone, entre os intervalos dos estudos e do trabalho, em 2012. Utilizando dados abertos da CTPM, o aplicativo logo começou a ganhar usuários, que através do serviço podiam acessar dados atualizados sobre o status dos trens através do celular, descobrindo de maneira rápida e fácil como estava a situação nos trilhos da companhia.

O app logo colocou Assis em contato com a organização da CPTM e abriu a oportunidade de parcerias com serviços como o Twitter, que permitiu colaboração de usuários com informações sobre a situação das linhas para o aplicativo através da plataforma de microblogs.

A experiência logo colocou o criador do app em contato também com outras empresas do transporte público de São Paulo, como o Metrô e a Via Quatro, que administra a Linha 4 (Amarela) do Metrô, EMTU e SPTrans, conforme a demanda por informações destes outros serviços foi crescendo.

"Então eu vi que não existia nada parecido para Ônibus", afirma. O resultado foi o segundo app: o Ônibus Ao Vivo, uma plataforma expandida com informações sobre as linhas de ônibus da capital paulista, lançado originalmente para Windows Phone e, em seguida, para Android - hoje o principal produto financeiro da empresa.
Agora aos 23 anos, o sócio-fundador da CIS Transit Service, responsável pelos apps, conta que a iniciativa do app para ônibus trouxe um pouco mais de estratégia de negócios para dentro da empresa, que começou a se preocupar com questões de monetização e escalabilidade. "Foi aí que comecei a dar mais importância e dar um estalo de não só ter uma ideia, mas uma sustentabilidade para o negócio", conta.

As aplicações logo chamaram o interesse do governo do Estado de São Paulo, que convidou Assis e seu sócio, Nicolas Roque, para apresentarem as soluções para a Secretaria de Planejamento. A exposição deu novo fôlego às soluções e os sócios da CIS começaram a planejar expansões para monetização dos apps, assim como atualizações frequentes e novas funções.

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Novo aplicativo e expansão para outras cidades








O resultado desse processo são os novos planos de expansão dos aplicativos que agora estão a pleno vapor. De acordo com Assis, a empresa agora espera lançar uma atualização para unificar os serviços do Ônibus Ao Vivo e do CPTM Stats até setembro deste ano, que resultará em um único app apelidado de Transmobi. "Assim o usuário terá uma experiência simplificada na hora de fazer uma baldeação de trem para ônibus, por exemplo".
A expectativa é que o aplicativo novo traga uma série de funções unificadas, como alarmes avisando quando seu ponto final estiver se aproximando, notificações do horário de chegada do ônibus, status sobre as linhas de trens metropolitanos, entre outras funções.

Juntos, os dois apps da empresa possuem atualmente cerca de 70 mil usuários distribuídos entre Android e Windows Phone. A transição será feita de maneira que nenhum usuário tenha que instalar um novo app, apenas atualizar o já existente, que trará as expansões e integrações de funções.
Manter e expandir a base de usuários atual está entre um dos desafios da empresa, que tem planos sólidos de monetização dos serviços. Além das compras dentro do app já existentes para usuários finais, que liberam funções que vão além dos serviços básicos fornecidos pela versão gratuita do app, atualmente grande parte da receita também vem dos anúncios dentro dos apps.

Assis espera que as informações geradas pelo uso da plataforma também sejam uma alternativa de receita. A ideia é que as informações de tráfego, linhas utilizadas e horários possam ser repassadas para empresas do setor, grupos de mídia e outros anúnciantes para ajudar na sustentabilidade do serviço.

FONTE: Rafael Romer (CANALTECH Corporate, Maio 2014)

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