quarta-feira, 21 de maio de 2014

Processadores imprecisos a caminho dos cérebros artificiais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/05/2014

Processadores imprecisos a caminho dos cérebros artificiais
"Nós validamos a abordagem neuromórfica proposta com resultados experimentais obtidos de nossos próprios circuitos e sistemas", garantem os pesquisadores. [Imagem: Elisabetta Chicca et al. - 10.1109/JPROC.2014.2313954]
Que tipo de circuitos e de chips serão adequados para construir cérebros artificiais que sejam eficientes e que consumam a menor quantidade possível de energia?
A resposta pode surpreender: arquiteturas capazes de utilizar não apenas circuitos digitais, mas também circuitos analógicos "imprecisos".
Segundo um dos grupos mais conceituados no campo da neuroinformática, esses circuitos híbridos analógico-digitais serão mais adequados para a construção de sistemas nervosos artificiais do que a tradicional arquitetura digital ultraprecisa na qual se baseiam os computadores.
"Os estímulos ambientais são processados nos sistemas nervosos biológicos dos seres humanos e animais de uma forma totalmente diferente dos computadores modernos," explica Elisabetta Chicca, da Universidade Bielefeld, na Alemanha.
"Sistemas nervosos biológicos organizam-se a si mesmos; eles se adaptam e aprendem. Ao fazer isso, eles exigem uma quantidade relativamente pequena de energia em comparação com os computadores, e apresentam habilidades complexas, tais como a tomada de decisões e o reconhecimento de associações e de padrões," completa ela.
Em 2013, a mesma equipe já havia demonstrado por que os processadores neuromórficos devem imitar comportamentos, e não rodar programas.
Agora eles deram o passo seguinte, compondo a arquitetura e os softwares de teste para uma arquitetura que leve em conta o jeitão analógico de ser do mundo real.

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