O Fórum Econômico Mundial (FEM), publica anualmente os resultados de um levantamento sobre a competitividade internacional de cerca de 150 países. Para cada um é calculado o valor de um Índice de Competitividade Global.
O relatório de 2014 aponta que a vantagem das empresas brasileiras em mercados internacionais está mais ligada a recursos naturais e custos de mão-de-obra do que desenvolvimento de produtos e processos únicos.
Exemplos dessas companhias são: Vale (minérios), Suzano (papel e celulose), JBS (carne), BRF (frango), Marfrig (carne), Votorantim (metais, suco de laranja, papel e celulose) e Petrobrás (petróleo).
Além disso, empresas que correspondem a setores industriais – como as citadas acima e outras como Gerdau (aço), Metalfrio (refrigeradores), Marcopolo (ônibus), Tigre (tubos), Weg (motores) e Sabó (autopeças) – também têm destaque.
Entretanto, é possível observar novas áreas se sobressaírem no cenário global, como é o caso das empresas de serviço que têm como maior ativo o seu capital intelectual, como a Stefanini (serviços e soluções em tecnologia), a Totvs (software) e a Integration (consultoria empresarial).
O fortalecimento da internacionalização de organizações brasileiras baseadas no conhecimento é um exemplo importante do aumento da competitividade em setores nos quais o país historicamente não se destacava mundialmente.
Se por um lado o cenário econômico, social e institucional do Brasil ainda não favorece a sua competitividade internacional, a emersão de novas empresas mostra a capacidade do empresariado de contornar os desafios institucionais e conquistar seu espaço no contexto global.
A participação das multinacionais brasileiras nos mercados estrangeiros continua sendo tímida e ainda está longe de representar o país que tem a 7ª maior economia do planeta. A melhora deste cenário deve passar pelo alinhamento entre a agenda social e econômica do governo e as estratégias das empresas nacionais.
Fonte: Inovação e Estratégia (Maio/2014).
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